Informe

MÚSICA POPULAR E POLÍTICA


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Aldir Blanc

Através dos tempos, nas mais diversas culturas, a crônica e a crítica de costumes sempre formaram a essência da música popular. E no Brasil, desde o Pelo Telefone, há 100 anos, e até mesmo antes, o repertório de polcas, maxixes, sambas, etc., ocupou-se, inclusive e principalmente, dos maus costumes dos poderosos. Figuras proeminentes da política, na época da República Velha, como o presidente Hermes da Fonseca e o político Pinheiro Machado, por exemplo, foram fustigados por cançonetas e canções de sucesso.

A Geração SOMBRÁS acima mencionada foi, nos anos 70, a grande responsável por um repertório expresso em canções hoje clássicas, tais como Apesar de você, Construção, Partido-alto (Chico Buarque, 1970-71-72); Pesadelo (Mauricio Tapajós e Paulo César Pinheiro); Eu quero é botar meu bloco na rua (Sergio Sampaio, 72); Nada será como Antes (Milton Nascimento e Ronaldo Bastos, 72); Abram alas (Ivan Lins e Vitor Martins, 74); De frente pro crime (João Bosco e Aldir Blanc, 75); Como nossos pais (Belchior, 76)…

É longa a enumeração. E nela vamos verificar que todos ou quase todos os porta-vozes eram associados à AMAR.


Nº 140 | 15/09/17 | Pág. 3

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